Richarlison supera caxumba, cumpre promessa e faz gol do título

O título de campeão da Copa América 2019 foi ainda mais especial para Richarlison. O atacante da Seleção Brasileira entrou no segundo tempo e pôde cumprir uma promessa feita a Miranda momentos antes da partida: balançar a rede na primeira oportunidade. Não só converteu o pênalti sofrido por Éverton, como também foi o nome do gol que consagrou a Seleção Brasileira como a grande vitoriosa do campeonato.

 

Na última quinta-feira (4), Richarlison não foi relacionado para a partida entre Brasil x Paraguai, válida pelas quartas de final da Copa. O atacante foi diagnosticado com caxumba. Por ser contagiosa, a doença fez com que ele ficasse em isolamento e repouso absoluto no hotel, perdendo o jogo contra o Paraguai. Mesmo com a chance de interromper precocemente sua participação na Copa América, o jogador não se abateu. Em quatro dias, se curou e ficou no banco já na partida contra a Argentina, na semifinal.

 

Com 22 anos, o jogador conta como foi comemorar o título após superação:

– Foi inesquecível por ser minha primeira competição, ainda mais aqui dentro de casa. Muitos deram fim de Copa América pra mim, porque tive uma doença grave que o tempo mínimo de cura é de 15 dias. Mas eu tive fé e coragem e, mesmo com essa dificuldade, meu pensamento era de entrar em campo e jogar. Eu coloquei na cabeça que ia me curar rápido. Todo dia de manhã quando eu acordava, ia direto para o espelho para ver se o caroço tinha diminuído.

 

O camisa 21 começou a Copa América como titular nos dois primeiros jogos da Seleção, contra Bolívia e Venezuela. A partir da terceira rodada, acabou perdendo espaço para Éverton Cebolinha, que terminou artilheiro da competição, diante do Peru.  Ainda assim, foi acionado por Tite no momento mais decisivo da Copa América. Precisando desafogar o ataque brasileiro e fazer o tempo passar, Richarlison chamou a responsabilidade na hora H.

 

Quando Everton foi derrubado dentro da área, o atacante se prontificou a bater o pênalti e, com muita categoria, garantiu a vitória brasileira por 3 a 1. Um gol muito especial, dedicado a alguém igualmente especial.

 

– Eu comemorei desde lá o início. Quando fui convocado falei que meu gol seria para minha bisavô de oitenta e poucos anos. Fora isso, meu primeiro gol no Maracanã foi de pênalti, então eu fiz questão de colocar no mesmo canto. Foi momento marcante que vai ficar para sempre na minha memória – completa.

 

Fonte: CBF

Foto: Felipe Moreno/Mowa Sports