Rafaelle: “Vou jogar por mim e por eles”

ZeroUmInforma/Esportes – Rafaelle acompanhou de perto a preparação da Seleção Feminina para os Jogos de Londres, em 2012, mas acabou adiando o sonho. Com 21 anos na época, a camisa 4 da Seleção embarcou sentido contrário, para os Estados Unidos, onde concluiu os estudos. Quatro anos depois, mais experiente e com futebol diversificado, a jogadora de Cipó, na Bahia, realiza o antigo desejo de representar o Brasil no maior evento esportivo do mundo em casa, e não falta emoção.

Em entrevista ao site da CBF para a Série Papo Olímpico, a zagueira abre o jogo sobre a sensação de ver seu nome entre as convocadas, e fala no carinho dos familiares para a maior competição disputada na promissora carreira.

– Eu fiquei muito feliz. É um sonho para mim, não só pela Olimpíada ser no Rio, mas por ser um evento que todo atleta quer estar. E ainda mais aqui no Brasil, no Rio, com a minha família presente, vai ser um momento mágico – comentou.

A versatilidade de Rafaelle é uma das armas da jogadora. Zagueira na Seleção, a baiana já atuou em outras posições e usa a polivalência a seu favor. Diante do objetivo maior de conquistar a inédita medalha de ouro, Rafaelle brinca e se coloca até à disposição de atuar no gol, tamanha vontade de ajudar.

– Hoje é muito importante ser polivalente, não só no futebol, como nas áreas que você atua. Eu tive a sorte de ser testada na zaga e me dar bem. Tive uma carreira muito boa nos Estados Unidos jogando de meia, mas acho que para mim não importa a posição. Quero ajudar a Seleção, quero fazer o máximo que eu puder independente da posição. Se for para eu ficar no banco torcendo, eu vou torcer da melhor forma possível. Se for para jogar no ataque, na zaga, até no gol eu estou aí para ajudar – disse a jogadora.

Diante da realidade de jogar representando milhões de brasileiros, Rafaelle avalia que dois caminhos podem ser seguidos: o da pressão e o do incentivo. Se depender da jovem atleta, toda a torcida brasileira estará em campo como 12º jogador.

– Acho que esse apoio da torcida e ao mesmo tempo cobrança, você pode encarar de duas maneiras. Você pode encarar como uma coisa que vai pesar, que pode te atrapalhar psicologicamente. Mas também você pode usar como incentivo, uma força a mais dentro de campo, já que você tem tanta gente torcendo e querendo o resultado, você pode tentar se concentrar mais, se doar mais. Eu penso pelo lado positivo, sou bem tranquila, não costumo me desequilibrar, então acho que vai ser um fator positivo para a gente – afirmou.

Prestes a estrear nos Jogos Olímpicos, Rafaelle revelou sua motivação, e promete entrega em campo.

– Tendo sua família, seus amigos lá, as pessoas que gostam torcendo, é um incentivo a mais. Eu vou jogar por mim e por eles – finalizou.

A Série Papo Olímpico conversou com jogadores convocados pelos técnicos Vadão e Rogério Micale para as Olimpíadas Rio 2016 e vai exibir todas as entrevistas até a estreia nos Jogos.

Fonte: CBF